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Se a Vida te dá limões...

Rotinas, Organização, Dicas e Desabafos. Uma vida igual a muitas outras!

Parece que fico desnorteada

Ana Gomes
31
Jan22

Decidimos que este final de semana não iriamos para a aldeia, primeiro por causa de votarmos no domingo e não termos de vir a correr e depois porque não sabiamos o resultado do teste COVID do mais novo. Sim andamos nisto de testar por causa da escola todas as semanas. Até ao momento sempre negativo mas não me acredito que seja por muito tempo, um dia calhará a cada um de nós! 

Mas para mim ficar em casa, num apartamento sem jardim, só pequenas varandas faz-me alguma confusão para quem em 2 anos já se habituou a viajar todas as sextas para a aldeia e só voltar ao fim do dia de domingo. O facto de poder andar no jardim, apanhar sol sem ser numa varanda, ouvir passáros em vez de carros isso tudo me relaxa e deixa calma, sem isso fico quase desnorteada. 

Ficar em casa fechada pareço uma barata tonta sem saber bem o que fazer, apesar de saber que tenho imenso que posso fazer e arrumar, mas não sei parece que entro em depressão e deito-me no sofá só me levantando para tratar das refeições. 

O próximo final de semana vai ser mais um no apartamente, testagem COVID a mim e ao mais novo para as doses de reforço da vacina e depois fechados em casa! 

Tenho de pensar em programar qualquer coisa para fazer e não passar o fim de semana sentada no sofá a devorar séries e filmes. 

Acho que vou tentar organizar o meu escritório, este final de semana organizei o meu despenseiro e o armário das caixas de cozinha! Acho que está na hora de me virar para o escritório.

A ver se consigo fazer um cantinho de jogos para os miudos a ver se eles não passam a vida na sala a jogar PS5 e nós a olharmos para eles e assim podermos assistir a TV a ver se consigo um espacinho para a TV e para a PS.

Doar metade dos livros que lá tenho, organizar as pastas de arquivo e ver se finalmente limpo aquele sofá de todas as tralhas que lá estão.

Tudo isto se não me der a preguiça claro! 

 

Ter um cão

Ana Gomes
24
Jan22

Sinceramente vou começar por vos dizer que já não sabia o que era ter um cão dentro de casa há mais de 6 anos.

Ainda nãos e ouvia muito a falar sobre COVID e os pequenos passavam a vida a chatear que queriam um Pug. Sinceramente nunca adorei a raça, são daqueles cães que acho estranhos, feios. 

Entrei com o mais novo na loja de animais ao pé de casa a qual vamos regularmente e estão lá Pugs... sai-me um "cão tão feio parece que levou com uma porta na cara!"

O funcionário que passava pegou num e deu-me para o meu colo... derreti... o bichinho encostou-se ao meu pescoço. Não resisiti e trouxe o raio de cão.

Passaram 2 anos e o cão é uma paz de alma... adora brincar com o meu filho mais novo que é o que mais o aborrece... e adora dormir em cima da manta quando estou no sofá. Só há um senão, é quando vamos para a aldeia ele acordar-me às 5h da manhã para ir ao jardim fazer xixi... ninguém merece. 

Comecei-o a habituar a ficar solto em casa quando saimos para o trabalho, nos primeiros dias tivemos algumas surpresas mas agora porta-se lindamente. 

Já não me lembrava mesmo de como era ter um cão que parece a minha sombra. 

Aqui fica fotos dele! 

 

 

Continuamos a não dar atenção

Ana Gomes
19
Jan22

Infelizmente mais uma vez uma adolescente de 16 anos partiu! Partiu para que possa descansar de um problema que muitas vezes é incompreendido! 

Sofria de depressão e estava a ser tratada e medicada com a ajuda da familia. Mas a população continua a não dar atenção às doenças mentais. 

A povo não imagina a dor e sofrimento que isto causa nas pessoas que sofrem e nas familias da mesma! 

Há por aí muitas pessoas que acham que uma depressão é um mero capricho de quem não se sente bem, de quem tem dores, de quem tem ataques de panico... Não é! Não imaginam o quão agoniante é para a pessoa que sofre, o quão agoniante é pedir ajuda sabendo que do outro lado poderá estar alguém que ache que isto é somente coisas de quem não tem nada para fazer. 

Não falo só por falar, infelizmente já passei por várias as quais consegui e tive coragem de pedir ajuda a tempo e horas. Aprendi mecanismos de defesa para que as coisas não piorem e sei notar sinais em mim de que as coisas vão começar a cair!

Tudo começou em 2010 após o nascimento do meu filho mais velho, como era possivel eu como mãe resmungar com um bebé de 6 meses que passava a vida sentado no carrinho a brincar e a ver bonecos? Alguma coisa não estava bem! Fui falar com a minha médica e quando lhe comecei a contar o que sentia e como falava para o meu filho foi a gota... desatei num choro só e aí começou a minha primeira medicação. Após um ano de medicação e como o caso não foi grave comecei o dito desmame da medicação e andei feliz e saudável até 2019. 

O ano de todas as minha provações, acabar 2018 com a noticia que o meu pai estaca canceroso e com metasteses, começar 2019 a leva-lo a Espanha para tratamentos e passar 2 meses sem o ver por não poder ir lá. Saber que esteve duas vezes nos cuidados intensivos e que quase o perdi sem me poder despedir, acabou mesmo por partir sem que lhe pudesse dizer um "até já!".

Abril 2019, após o falecimento do meu pai começou o meu tormento novamente, fiquei eu de tratar de tudo sobre a herança. (Atenção tenho mais 3 irmãos)

Andei a correr para bancos uma semana após a morte dele a deixar pedidos de extratos de contas e ao final de 2 bancos já as lágrimas me corriam pela cara. 

Em Maio para minha desgraça o meu marido tem um AIT (Acidente Isquémico Transitório) e eu sempre na correria dos papéis da herança e a levar o marido a consultas e exames. 

Chega Junho e eu não aguentei mais... entrei no consultório da médica de família (sim esta era a verdadeira médica de toda a família) e desato num pranto que não tinha nem forças nem vontade para nada. Dizia-lhe que me doia o corpo todo e que por vezes tinha falta de ar, um aperto no peito e não dormia!

Fui posta em casa por 30 dias, tomava medicação de manhã e à noite, ia deixar os meus filhos à escola voltava para casa e deitava-me e só acordava na hora de os ir buscar e voltava para a cama. 

Andei nisto mais um ano com medicação para dormir, para estar calma e por fim quando achei necessário fazer o  desmame porque já conseguia reagir "normalmente" na vida veio a pandemia!

Compramos a casa na Aldeia e desde então vamos para lá todos os fins de semana, deixei a medicação em Junho de 2020. 

Comecei a entender que nem tudo tem de girar à volta dos outros, que não tenho que me preocupar com os outros mas comigo e com os meus filhos tudo o resto é um acréscimo.

2021 em maio sou diganosticada com lesão no útero e lá ando eu a correr para biopsias, exames para ser operada em finais de setembro.

2021 passou... covid, férias, escola, trabalho, operação tudo dentro do normal, mas final de 2021 começo de novo a ter insónias, dores musculares nas costas zona lombar e ombros e tudo começa de novo a surgir. 

O facto de não dormir não significa não tenhamos sono mas sim que o nosso sistema não está a desligar como devia por algum problema, são estes pequenos sinais aos quais devemos ter atenção. O porquê de dores musculares se não fomos ao ginásio, não fizemos actividade nenhuma que nos deixasse com dores! 

Continuei assim por 3 meses achando que seria o stress de ter sido operada, apesar de tudo estar bem aquilo fica sempre na nossa cabeça a martelar. Sem médica de familia porque ela se reformou liguei à enfermeira e pedi-lhe medicação para dormir. Sabendo ela do meu historial mandou-me passar no centro de saúde para uma consulta do urgência. 

Adorei o médico e a maneira que ele abordou o assunto, sei que ele tem lá o historial todo mas recordo que me perguntou o porquê de lá estar e disse-lhe que não dormia há uns meses e que sentia necessidade de descansar. A pergunta a seguir foi "não tem vontade de acabar com o mundo?"

Comecei-me a rir e disse "Não Doutor, só quero mesmo dormir, não estou na fase de querer acabar com tudo e com todos só estou mesmo cansada de tudo o que passei desde Maio até agora com a lesão no utero!"

Ele olhou para mim e sorriu, passou-me um relaxante muscular e digo-vos que foram as melhores noites de descanso da minha vida, já não me lembrava de dormir tão bem. 

Por vezes sabermos quando recorrer e pedir ajuda, ajuda-nos a nós! 

Sabermos descodificar os sinais que o nosso corpo dá é o melhor para nós! 

 

Pequena reflexão ou conselho que vos deixo:

Se não se sentirem bem, tiverem dores ou pensamentos que vos atormentam por favor falem com alguém que vos seja chegado, familia, amigos mas acima de tudo falem com o vosso médico peçam ajuda. 

Não é vergonha nenhuam pedirmos ajuda quando não conseguimos sozinhos, não temos que levar o mundo às nossas costas, não temos de fazer estas viagens sozinhos e quanto mais cedo conseguirmos entender os sinais mais fácil será o tratamento e a recuperação. 

Como soube eu quais os sinais? Eu estudei Psicologia e claro já vi um irmão numa depressão profunda que para sair dela precisou de 3 anos e ainda hoje anda medicado. Tudo isto ajudou-me a mim a entender tudo o que sentia e a pedir ajuda. 

Peçam ajuda! 

Link de acesso a informação DGS sobre linhas de apoio à saúde mental

9 Coisas que temos que nos lembrar

Ana Gomes
18
Jan22

Apenas para reflexão

 

1. Não é preciso definir todos os objetivos no inicio do ano

2. Faz as coisas ao teu ritmo

3. Não precisas de atingir os teus objectivos num mês ou no primeiro ano

4. Tu vales por aquilo que TU és!

5. Todos estão na sua própria jornada, incluindo tu.

6. Encontra alegria nas pequenas coisas da vida

7. Dá compaixão a ti mesmo

8. Não te compares aos outros.

9. Acima de tudo sê tu mesmo.

 

Pequeno texto tirado AQUI

Vou começar de novo...

Ana Gomes
11
Jan22

Calma, calma! 

O que vou iniciar de novo é mesmo os trabalhos manuais, fazer coisinhas, começar a decorar a casa com pequenas coisas feitas por mim! 

Quero ver se começo um projecto que prometi à minha mãe fazer-lhe para ela criar uma adega, quero ver se crio pequenas coisas conforme a época redecorar a casa toda! 

Ter algo que me distraia depois do trabalho, que me leve os pensamentos para longe e me deixe ali fechada no meu mundo! 

Será que vocês estão preparados para ver? 

Se sim sigam-me no instagram basta clicarem ali de lado no icon dele! 

Vacinação Crianças

Ana Gomes
06
Jan22

Eu sempre fui a favor das vacinas, porque afinal desde pequenos que tomamos vacinas para tudo! 

Sou do tempo... sim do tempo em que para me matricular na escola o boletim de vacinas tinha de ir direitinho com tudo em dia! 

Bem mas passemos ao assunto que me trás cá!

Eu já fui vacinada, o marido também e em Dezembro no inicio levei o mais velho à sua segunda dose e o mais novo a 19/12 a levar a primeira dose! 

Hoje, dia 6 de Janeiro de 2022, para que fique registado, peguei no mais novo e levei-o ao centro de vacinação para a segunda dose. 

Ora bem, só se houve falar na vacinação dos pequenos por todos os cantos e esquinas, logicamente levei o meu no dia em que ele teria de tomar a segunda dose... só que não! 

Minha gente, aqui a je, ontem fez um teste rápido covid à criança para ela hoje ser vacinada, deu-lhe benurum de manhã e saiu de casa para a vacina! 

Entramos felizes da vida quando a enfermeira diz "mãe, ele só faz reforço daqui a um mês!"

Ainda nos rimos com a enfermeira, o miúdo acabou por comer pipocas na mesma e viemos a rir e cantar pelo caminho! 

Estou mesmo a fica chalupa de todo com esta coisa do COVID.